Independência do Brasil
Em 1806, Napoleão Bonaparte decretou o Bloqueio Continental, que proibia o comércio entre os países europeus e a Inglaterra. O país que desobedecesse ao decreto seria invadido e ocupado pelas tropas napoleônicas.
Naquela época, Portugal era governado pelo príncipe-regente D. João, que resolveu fugir com a corte para o Brasil, aqui chegando em 1808, escapando, desse modo, do invasor. Quando Napoleão perdeu o poder, a família real portuguesa e sua corte retornaram a Lisboa, e D. João, então D. João VI, deixou seu filho, D. Pedro, como regente do Brasil.
D. Pedro tornou-se um regente de muito prestígio, razão pela qual D. João VI o aconselhou a voltar à corte portuguesa, em 1822.
No dia 1º de janeiro desse mesmo ano, ele recebeu um manifesto escrito por José Bonifácio, assinado pela junta provincial de São Paulo e do Rio de Janeiro, segundo o qual a Corte de Lisboa, baseada "no despropósito e no despotismo", buscava impor ao Brasil "um sistema de anarquia e escravidão".
Depois de ler o manifesto, D. Pedro assim se expressou: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico", em 9 de janeiro, data conhecida como o Dia do Fico. No dia 11, as tropas portuguesas tentaram obrigar o príncipe a embarcar para Lisboa. Apoiado pelo povo e por tropas leais, D. Pedro resistiu.
Em 1º de agosto, declarou inimigas todas as tropas enviadas de Portugal ao Brasil sem o seu consentimento. No dia 14, partiu para São Paulo para contornar uma crise na província. No dia 2 de setembro, no Rio de Janeiro, sua esposa Dona Leopoldina, depois de ler as cartas chegadas de Lisboa com as abusivas decisões da Corte, reuniu os ministros e enviou as cartas a D. Pedro, por intermédio de mensageiros.
No dia 7 de setembro, o príncipe recebeu as cartas às margens do riacho Ipiranga e resolveu romper com Portugal. Após arrancar a insígnia portuguesa de seu uniforme, sacou da espada e gritou: "Independência ou morte". Era 7 de setembro de 1822.
Hino da Independência
Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil...
Houve mão mais poderosa:
Zombou deles o Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Parabéns, ó brasileiro,
Já, com garbo varonil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
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